Prefeito dobra valor da multa para quem cria dengue em casa

Reincidentes na manutenção de criadouros do mosquito da dengue serão multados em R$ 630. Pelo menos 650 pessoas estarão nas ruas de toda a cidade em um mutirão de limpeza que começa hoje.

O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) assinou ontem um decreto para ampliar a eficácia de um mutirão que deve levar entre 800 e mil pessoas nas ruas, a partir de hoje, para uma grande operação de combate à dengue em Londrina. Entre as medidas, Kireeff aumentou de R$ 300 para R$ 630 o valor da multa aplicada aos reincidentes na manutenção de criadouros do mosquito Aedes aegypti. O decreto também autoriza o deslocamento de servidores de outros departamentos da administração municipal para o trabalho de visita às residências e regulamenta a entrada forçada nas casas em que houver algum tipo de impedimento. Com a iminência de uma epidemia e 85% dos criadouros dentro dos imóveis, o Município promove, a partir de hoje, uma limpeza geral em todas as regiões da cidade.

Com o decreto, a Prefeitura conseguiu reunir para o mutirão, até a manhã de ontem, 590 servidores municipais. Foram deslocados agentes comunitários de saúde, guardas municipais e servidores da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), além dos agentes de endemias que já fazem esse trabalho. O Tiro de Guerra ofereceu 60 voluntários.

O trabalho de limpeza vai ser realizado de hoje até a próxima quarta-feira, com exceção do domingo. Depois de realizada a limpeza nos imóveis e a eliminação dos criadouros do mosquito, a operação dará lugar ao fumacê, que também será intensificado pelo governo do Estado. “Vamos aumentar de três para 15 o número de veículos aplicando o fumacê. A aplicação começa na segunda-feira e serão realizados três ciclos com intervalos de quatro a sete dias entre os ciclos”, explicou a chefe da 17ª Regional de Saúde, Terezinha de Fátima Sanches.

Kireeff ressaltou que é importante que a população não feche portas e janelas ao ouvir o barulho do fumacê. “O veneno precisa entrar nas casas para matar o mosquito. Por isso, é preciso tomar cuidado com alimentos expostos.” O prefeito afirmou ainda que a superoperação não garante que uma epidemia seja evitada. “Estamos nos antecipando porque tudo sinaliza que estamos indo para um caminho perigoso.”

Casos quadruplicaram em 40 dias

Tempo não deve ajudar

Depois de muitos dias sem registrar nenhuma chuva, o tempo muda justamente hoje. O Instituto Tecnológico Simepar prevê chuvas significativas entre hoje e segunda-feira. De acordo com a chefe da 17ª Regional de Saúde, Terezinha Sanches, o número de veículos fumacê deve ser ampliado para 17 se as condições climáticas exigirem.